TRANSCENDENDO O EGO
Carmem D. Silva Fernandes1
Ao olhar a estrada da vida, pode-se perceber muitas energias...
São pessoas de todas as raças, idades, cor, comportamentos. Estamos diante da diversidade.
E lidar com a diversidade?
São os próprios desafios.
Desafios marcados pelo esforço da auto renovação e da prática do bem.
Dá-se um Saber. O mesmo inclui humildade e vontade de ultrapassar as barreiras que a estrada propõe.
Até, em instantes, é experimentada a derrota, mas o Amor ainda vence.
E a lição chega: que as pessoas devem ser amadas e respeitadas independente de sua cor, nacionalidade, cultura, fator econômico, enfim, o Existir já é o bastante.
Que a igualdade entre as pessoas deve ser levada em conta.
Que não consideremos as pessoas apenas pelo seu status social ou cultural, etc... Que as relações não sejam predominantemente condicionais.
Precisamos nos unir e prestar atenção principalmente sobre quem tem fome de comida, afeto, orientação, etc.
Poder olhar e querer verdadeiramente lidar com quem está marginalizado economicamente, culturalmente, afetivamente, etc... e dar ainda credibilidade às mesmas.
Investir com vontade que dê “certo” para o outro.
Acreditar que atitudes positivas e fortes incluem a própria fé. São atitudes que constroem e são capazes de “levantar” o seu semelhante.
Precisamos ir além do egoísmo próprio e nos sensibilizar pela humanidade, pelo planeta, que carece de escuta, amor e cuidado.
Os movimentos que precisam ser feitos pelo homem, para que a humanidade seja salva, parecem ser movimentos simples, de entrega e vontade profunda de que o seu semelhante resgate a sua dignidade.
Pois, não podemos nos conformar só com o manifesto, devemos considerar e admitir que a nossa essência é a mesma, e que se estamos despertos podemos logo perceber que o sofrimento de um atinge o outro, assim como a felicidade de um é a felicidade do outro...
Então transcender o Ego é aos poucos deixar para trás um paradigma de que somos tão separados do outro, ou somos uma “Super Raça”.
Somos, sim, ligados um ao outro de todas as maneiras e em diferentes dimensões. E que precisamos do outro para viver. O outro é o nosso remédio.
O nosso “remédio” é a própria capacidade sagrada e infinita de interagir de todas as formas e que pode incluir os mais diversos sentimentos, assim como amar, odiar, etc... que, vivenciados e compreendidos encaminham o homem à maturidade e a maior compreensão de si, do outro, e do mundo.
E o homem, ao vivenciar os diversos e infinitos sentimentos, atreve-se a chegar aos altos e baixos de si mesmo e, possivelmente, do outro – adquirindo uma sensibilidade importante, um juízo de realidade mais ampliado sobre si e tudo que o cerca.
Transcender o Ego é ir além de si mesmo, e a aceitar-se conectado com o Cosmos. Portanto, uma sagrada parceria, que aos poucos vai nos revelando as respostas que buscamos, e assim nos tornando mais preparados para lidar e aceitar as diferentes situações que a estrada da vida propõe. Pois, alcancemos ainda que a estrada está em nós e nós estamos na estrada... daí a nossa responsabilidade e comprometimento com o Universo...
